quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O ladrão e suas necessidades fisiológicas

Oscar Pistorius é um mito do esporte, primeiro atleta paraolímpico a competir (e bem!) nos Jogos principais.  O sul-africano não é qualquer cara, é simplesmente alguém que não tem as duas pernas e competiu com atletas que as tem (alguns até com três, segundo o comentarista e ex-velocista André Domingos). Um feito digno de um super humano de Stan Lee. Um cara com perfil de super-herói, talvez até com poderes especiais, podem dizer alguns. 

Acontece que, na noite de 14/02/2013, um dos poderes de Pistorius não funcionou muito bem: sua visão de raio-X. Infelizmente ele confundiu sua linda, loira, esbelta e gostosa namorada com um ladrão sul-africano. Segundo Pistorius, um provável invasor estaria dentro do banheiro de sua suíte. O que nos faz pensar... realmente, adentrar casas de desconhecidos para roubar pode ser uma atividade muito estressante, o que para intestinos mais sensíveis pode ser uma tragédia. Além disso, há os meliantes que bebem cerveja antes de iniciar seu trabalho para ganhar confiança, o que lhes pode garantir uma súbita vontade de urinar. Assim, nada mais normal para o coletor de pertences alheios do que dar uma parada estratégica no banheiro da vítima (da suíte principal pelo maior conforto, claro!) para atender suas necessidades fisiológicas. 

Após ligar sua visão de raio-X, que provavelmente não estava muito bem calibrada, Oscar viu o invasor em seu banheiro e não pensou duas vezes: mandou bala! Não deu nem chance para o meliante se limpar.... Algumas pessoas maldosas podem até dizer: 'mas por que ele não imaginou que poderia ser a namorada dentro do banheiro?'; 'Ora bolas', eu respondo, todo mundo sabe que uma loira linda, esbelta e gostosa não faz cocô. Nem adianta a Xuxa ter tentado nos dissuadir do contrário, não acham?   

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Nosso organismo precisa ser agredido de vez em quando

Cada vez mais, as pessoas vêm adquirindo a consciência da importância de uma alimentação saudável. Obviamente, como tudo o que é desejado, vira mercado no sistema capitalista.
Em cada esquina você encontra um restaurante vegetariano ou que, pelo menos, vende a imagem de saudável, e em qualquer mercado você acha uma imensidão de produtos que supostamente não agridem o seu organismo. Palavras como “verde”, ”saúde” e “natural” estão na moda no ramo alimentício.
Ok, é bom, mas grande parte disso não passa de embuste. Se você for olhar bem, não raro, rola um açúcar ou sódio em excesso nesses produtos. Até o McDonald’s agora serve salada. Não é maravilhoso? Humm, um Big Mac com uma saladinha verde, isso deve ser realmente saudável.
Não é de hoje que a indústria alimentícia usa a publicidade para nos fazer comprar os novos produtos que eles criam. Algumas vezes isto se dá de maneira até meio ridícula. O case mais absurdo pra mim é o da margarina x manteiga. Na boa, vocês já pararam pra ler a composição da margarina? Já viram a quantidade de substâncias de nomes impronunciáveis como benzoato de sódio, sorbato de potássio, diglicerideos de ácidos graxos...Porra! Isso é mais saudável do que manteiga, cuja composição é: creme de leite e sal? Tá de sacanagem, né... margarina parece até plástico.
O fato é que o ser humano adora ser enganado, ou melhor, se enganar. Acho muito engraçadas aquelas lojas de iogurte congelado. A mulherada vai lá e: “Ah moço, põe esse browniezinho, essa caldinha de chocolate e põe também uns Mm’s, ahh, e um pouquinho de lichia, tá?” Depois ficam se queixando com as amigas: “Poxa, não consigo emagrecer, e olha que não como nada, no máximo um iogurtinho congelado”.
E as barras de cereal... Sempre rola um chocolate, um caramelo. Tem uma marca aí que faz uma barrinha de torrone com meia dúzia de grãos no meio e vende aquilo como se fosse o supra sumo da alimentação saudável. E os incautos comprando...
Eu digo uma coisa: vamos parar com a hipocrisia alimentar! Procure comer coisas saudáveis (de verdade), mas saiba que de vez em quando nosso organismo precisa ser agredido. Precisa de uma comida gordurosa e pesada, se não perde o hábito.
Essa galera que só se alimenta “bem”, quando, por necessidade, tem que comer um podrão na esquina, passa mal, tem diarreia, vomita...arghhhh
Se você agride seu organismo de vez em quando, de maneira moderada, é claro, isso não te acontecerá jamais. Você fica calejado.
E se for fazer isso, pare de se enganar, faça direito porra!
Para quem quiser seguir o conselho, vou recomendar dois excelentes lugares que servem uma comida gostosa e sem frescura:
O primeiro é o Esquimó, na Travessa do Ouvidor, Centro do Rio de Janeiro, tradicional restaurante de balcão do tipo que já não se encontra mais, desde que inventaram a nefasta comida a quilo. Lá você pode saborear pratos completos com a deliciosa carne hamburguesa com queijo, frita na chapa localizada na sua frente, refresco refil e sobremesa por uns R$ 17,00.
O outro é o Poleiro do Galeto, que não serve galeto há uns 30 anos, localizado na CADEG, no bairro de Benfica. Lá o carro chefe é o gigantesco bife com batata frita cortado à borboleta. O melhor é o feito no alho. Pra completar você pede uma farofa de ovos (aliás, na verdade são ovos na farofa, pois tem ovo pra cacete). Com isso tudo você gasta no máximo uns R$ 30,00. É o Outback dos povos!
Agrida o seu organismo com moderação, isso é saudável de verdade!

(Escrito por: Argentino)

Não Leia Romances, Veja Filmes

Não leio romances. Hoje em dia, a grande maioria dos livros publicados são meros produtos comerciais. Agora, até romance de banca de jornal vira best seller, tipo esses porcarias de 50 tons de cinza. Aliás, já repararam que ninguém publica mais um livro só? É sempre uma trilogia ou uma saga. E os incautos vão comprando e comprando.
Um amigo, certa vez, me falou uma coisa interessante, tirada de um livro (sim, eu tiro o chapéu, livros de romance não são de todo inúteis). Acho que de 1984, do Orwell. Na estória só existiam 4 romances básicos dirigidos à classe trabalhadora. Tudo que era publicado era uma mescla desses 4, tipo o início de um com o final do outro. O mercado editorial atualmente não se diferencia muito disso.
É tudo a mesma porcaria. É verdade que algumas até são boas fontes de entretenimento, mas num mundo tão dinâmico, em que tempo disponível para você é um recurso escasso, eu não perderia dias com isso.

Filmes de ficção têm imensa vantagem sobre os livros. Eles são rápidos. Os maiores duram, no máximo, 3 horas.

E nos filmes ainda tem a interpretação. Duvido muito que o Dom Corleone do Mario Puzzo seja tão interessante quanto o interpretado pelo Brando ou que o Boca de Ouro do Nelson Rodrigues seja tão cafajeste quanto o do Jece Valadão. O Harry Potter mesmo... Eu não teria o menos saco de ficar lendo 150 livros daquela porra daquele bruxo, mas os filmes eu vejo com prazer, porque são muito bem feitos. 

Outro exemplo: tem uma série da HBO que adoro, Game of Thrones. É realmente foda e se baseia numa saga contada em livros chamada Crônicas de Gelo e Fogo. Os livros também devem ser bons, mas duvido que tanto quanto a série. Na verdade eu nem quero saber. Não pretendo ler os livros jamais, até porque é volume pra caralho, acho que já tem uns 8. 
  
Na boa, alguém que não seja desocupado tem tempo para ler os 3 livros do 50 tons de cinza? Duvido! Mas perder uma hora e meia para ver o filme que estão produzindo até que é razoável.

Lamento dizer isso, sei que é politicamente incorreto, pois é importante estimular as pessoas à leitura, mas livro de ficção está virando coisa do passado. Antigamente as pessoas tinham mais tempo. Não é a toa que o Pontes de Miranda escreveu seu Tratado de Direito Privado em 60 tomos. Alguém acha que isso seria concebível atualmente?

A propósito, por falar em filmes. Recomendo Os Miseráveis na tela grande. E Olha que sempre achei musicais um saco! Quando pequeno, eu tinha aversão àqueles desenhos da Disney em que, do nada, os personagens começavam a cantar e dançar. Que porra era aquela? Eu ficava puto. Mas olha, esse vale a pena! Nunca vi no teatro, mas aposto que no cinema fica ainda melhor. Aquelas cenas retratando a grandiosidade, as massas cantando, é simplesmente sensacional.
Se o Oscar fosse sério, esse filme seria  hors concours. De quebra, eu ainda daria o prêmio de melhor atriz (e não o coadjuvante para o qual foi indicada) para a Anne Hathaway pelos 20 minutos em que ela aparece. Foi uma interpretação para a história. E o filme, pra mim, é o mais novo clássico do cinema.

(Escrito por: Argentino)